segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Porque me candidato - Nuno A. Gonçalves

Colegas,

O nosso Ministério Público e seus Magistrados sempre estiveram e estarão ao dispor do escrutínio público o que, naturalmente, pode implicar incompreensões e até ataques externos visando diminuir ou, ao menos, desconformar o respectivo desenho constitucional e institucional.
Fomos capazes de resistir – quase sempre a uma só voz – e, trilhando caminho, ir conquistando notoriedade e respeito.
Hoje praticamente todos os concidadãos sabem o que é o Ministério Público e entendem as nossas nobres funções.
Entretanto, emergiram sinais de vontade de reconformação não só ou não tanto do papel como sobretudo da estrutura interna do Ministério Público.
Encruzilhada que impõe a todos e cada um o especial dever de participar porque em causa pode estar a própria realização profissional.
Por outro lado, há quem se esforce por compartimentar as dificuldades do desempenho funcional conforme se exerce no interior ou nas grandes urbes do litoral.
Sem negar algumas especificidades – conaturais à diversidade social e, principalmente, à quase pessoalidade do cargo –, recusamos (até pela nossa própria experiência funcional) semelhante perspectiva.
Seja como for, os colegas que servem no interior do país têm vontade de participar nos debates que visam o Ministério Público (como, aliás, bem ilustrou a última Assembleia de Delegados Sindicais), e, principalmente, precisam de se sentir representados por quem, nessas discussões, faça sentir e dar expressão àquelas especificidades.
Além disso, o Ministério Público está em todo o país, ou seja, também no meu ou no teu círculo, no teu tribunal ou no teu departamento, independentemente da sede territorial respectiva.
A distância ou as dificuldades geográficas ao invés de nos amolecer até nos fortalecem e retemperam para em cada participação ressurgir com mais vigor.
Finalmente, não esqueço que o Ministério Público é de todos e é também nosso. Por isso, temos todos e cada um, independentemente do lugar onde estamos, de contribuir para a sua grandeza e honorabilidade.
Por isso e para isso aqui estou ao dispor dos colegas na certeza de que se vier a integrar o Conselho tudo farei para vos representar em defesa intransigente do Ministério Público.

Nuno A. Gonçalves
(Procurador da República – Bragança)

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